Se isto do blog é para irmos mascarados, disfarço-me de Joăo Ratăo!
Confesso que năo estava preparado para escolher um pseudónimo pelo que passo a partilhar algumas reflexőes provocadas por este processo.
Claro que o Capuchinho Vermelho me inspirou (também quem năo se inspiraria...), mas tenho o mérito de ter evitado a opçăo mais óbvia, e apetecível, de fazer de Lobo Mau.
Por outro lado é uma máscara que năo distorce muito a realidade, aquela cena do caldeirăo podia mesmo ter acontecido comigo. E a outra de ir atrás do som da flauta, já aconteceu com cantigas...
Mas năo será prejudicial? As damas assustam-se com os ratos!
Falso! Aqueles gritinhos năo correspondem a uma rejeiçăo. Săo uma forma de manifestaçăo de excitaçăo mal contida. (Năo procurem a fundamentaçăo nas teorias do tio-bisavô Sigmund, pois ele năo teve oportunidade de observar as primeiras manifestaçőes que levaram a esta conclusăo - ocorreram na década de sessenta do século passado quando as teenagers avistavam os Beatles).
Note-se ainda que os ratos, e principalmente os ratőes, săo poderosos e influentes. Na idade média iam suplantando os humanos e muito recentemente dominavam o nosso país - várias desgraças do passado recente vinham enquadradas pela frase: «Segundo informaçőes oriundas do Rato...».
Mas o argumento definitivo ocorreu com a lembrança de que as histórias de ratos que ultrapassam o universo dos contos infantis estăo insuficientemente divulgadas pelo que constituem uma reserva a considerar na alimentaçăo deste blog. Atente-se no caso seguinte, recentemente recebido via email:
Encontram-se tręs ratos e começam a falar, vangloriando-se dos seus feitos.
Diz um:
-Quando vejo uma ratoeira, subo para cima dela, deito-me de costas, dou um pontapé na barra, agarro-a com os dentes e faço meia hora de flexőes nela.
O segundo rato diz:
-Pois eu, quando vejo veneno, junto o máximo possivel, levo-o para casa e ,no dia seguinte, tomo-o com o café da manhă, para poder andar porreiro o resto do dia.
Entăo, o último diz com enfado:
-Já năo tenho pachorra para ouvir as vossas tangas... Vou para casa «papar» o gato.
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