10/19/2003

SHIRIN EBADI

A atribuição do prémio Nobel da paz a Shirin Ebadi foi uma das raras alegrias que ultimamente me têm sido proporcionadas pela sucessão de acontecimentos que diariamente ocorrem neste nosso velho e conflituoso mundo.

Ao contrário do que poderão pensar alguns amigos meus – sei, adivinho, que o estão a pensar! – isso tem muito pouco a ver com o facto da distinguida ser mulher, como eu. Eu explico: há, de facto, uma parte de mim que se regozija pelo facto do prémio ter recaído numa mulher. Não o nego. Mas a grande razão do meu contentamento tem pouco a ver com a velha guerra dos sexos.

Ao trazer para a ribalta esta iraniana culta, que preferiu a defesa da causa humanitária e a solidariedade ao conforto de uma vida de privilegiada, o Comité Nobel vem chamar a atenção do mundo, por razões meritórias, para uma região do globo que em regra só é noticiada em contextos miserabilistas. Vem, em última análise, despertar-nos para o conhecimento de uma cultura que, tendo dado tanto à humanidade, hoje nos é tão tristemente familiar quão indiferentemente ignorada.

Convencida que estou que o conhecimento é o caminho para a compreensão e aceitação da diferença, e que não há convivência possível sem essa mesma aceitação da diferença, creio que o Comité Nobel prestou um serviço à humanidade ao proporcionar-nos esta oportunidade. Assim saibamos aproveitá-la.


(E agora, que já falei muito seriamente, aqui vai a “ferroadazinha”:
…e vai mais "uma" Nobel. A nível nacional, mais duas ministras recém nomeadas.
Mulheres, não desesperemos, lá chegará o dia!...)

10/14/2003

Não dão ponto sem nó

Foi muito recentemente empossado um novo membro do governo –o Secretário de Estado das Florestas – lugar que ainda não existia nesta nossa Califórnia da Europa. Porquê falar no assunto? Haverá por acaso quem discorde, face à patente inoperância na vaga de incêndios do passado verão, de que temos necessidade de um serviço coordenado que imponha ordem no florestamento do país, lance princípios aceitáveis de ordenamento florestal e transforme aquilo que foi uma verdadeira ameaça numa gloriosa oportunidade? Decerto que só espíritos muito avessos a concordarem com o que quer que seja se pronunciarão contra a medida. De facto, a criação de uma Secretaria de Estado das Florestas é, em princípio, uma boa solução para o caos reinante.

Em princípio apenas, infelizmente. Porque a ideia de “transformar a ameaça numa oportunidade” não é neste caso uma simples figura de retórica. Trata-se, em boa verdade, de aproveitar a oportunidade para eucaliptizar o país ainda mais. O ponto que foi dado para criar a Secretaria de Estado não ficaria rematado com um nó oportunista se para Secretário de Estado não tivesse sido nomeado um engenheiro agrónomo competente, como a imprensa refere, mas ferrenho eucaliptista. É natural que assim seja: a pessoa em questão está há muitos anos ligada, directa ou indirectamente, à Portucel. Lembra amargamente os casos de ligação do Ministro da Saúde ao grupo Mello e de outros ministros à Banca.

Ora, se há coisas de que Portugal não precisa mais é de plantações de eucaliptos. Dados estatísticos que comparam a evolução das áreas arborizadas com espécies tradicionais, nomeadamente de pinheiro, carvalho e sobreiro com as que possuem eucaliptos mostram um despudorado aumento desta última de há mais de duas décadas para cá. Coincidentemente, o desenvolvimento das fábricas de celulose, sempre ávidas de matéria prima de que o eucalipto é uma importante fonte, acompanha essa evolução. A segunda metade dos anos 70 do século passado marcou o início de um significativo investimento em eucaliptais, o qual se vem prolongando até aos dias de hoje. Já muito foi escrito sobre o assunto, com os Relações Públicas das grandes empresas a tentarem sempre rebater os argumentos que lhes são adversos. Mas haverá argumentos que possam resistir àquilo que é evidente? A desertificação das terras, por exemplo. Quem fica ao pé de eucaliptais a vê-los crescer? À semelhança do que sucede com edifícios urbanos altos que competem uns com os outros em altura – causando ao nível do chão os congestionamentos que se conhecem --, também os eucaliptos competem entre si pelo sol e vão, simultaneamente, desqualificando a terra que lhes serve de sustento. Nenhum animal selvagem pára num eucaliptal: nada ali existe para seu alimento. Quais abutres vegetais, os eucaliptos vão comento tudo à sua volta.

Na realidade, os eucaliptos não formam florestas. Uma floresta tem sempre três elementos: vegetação rasteira, arbustos e árvores. O eucaliptal só tem árvores. Por essa razão só se pode falar de “plantações” de eucaliptos. São árvores de crescimento rápido, como convém ao sistema de capitalismo desenfreado que se está verdadeiramente marimbando para o ambiente. Os terrenos aparecem ao fim de alguns anos esventrados da água que outrora lhes deu riqueza. Formam encostas escalavradas, manchas aberrantes em paisagens que se quereriam verdes, com produção assegurada por muitos anos. O eucalipto é originário da Austrália, onde foi usado para secar pântanos – algo que ele faz muito bem. Destruindo o ambiente, porém, secando poços e “bebendo água em todas as fontes”. Mas que interessa? Anote-se que para 2004 o governo reduziu o orçamento do Ministério do Ambiente em 18 por cento – e isto depois de todos aqueles mediáticos fogos! Governar não para as gerações, mas sim para as eleições – é isso que verdadeiramente conta. Entretanto, dissimular-se-á a questão proclamando nos media com o rosto mais sério do mundo que se faz exactamente o contrário. Já Talleyrand gostava de dizer que “as palavras servem para dissimular o pensamento”. Falar-se-á do eucalipto como essencial para o crescimento do PIB. Desse mesmo PIB de que já alguém disse, correctamente e parodiando o adágio, que “nem só de PIB vive o homem”.

Vamos, pois, esperar mais uma investida consciente nesta Eucaliptolândia. Nos incríveis incêndios de Agosto e Setembro, arderam imensos pinhais, como é habitual; mas arderam também eucaliptos. O problema é que estavam demasiado junto aos pinhais, sem ordenamento. Se estiverem isolados, devidamente separados, não serão os eucaliptais a ser alvo de incêndio, salvo notória distracção. O leitor já reparou nos grandes tufos de eucaliptos que aqui e ali vão flanqueando as auto-estradas? Nesses não houve, naturalmente, incêndios. Também quando os pinhais já forem claramente minoritários, os incêndios diminuirão.

Por este conjunto de motivos tão óbvios, nomear um eucaliptista para a nova Secretaria de Estado é rematar bem o ponto, mas apenas sob a óptica dos grandes interesses. É por isso que os portugueses a casos destes chamam, de maneira irónica e certeira, “não dar ponto sem nó”.

VERDE?! Só se for casta Alvarinho...

Apareceu ontem na minha caixa de correio um livrinho intitulado «Le petit chaperon vert» (edição francesa ilustrada para crianças). O envelope não trazia remetente, pelo que deduzo que o anónimo brincalhão seja algum admirador ressabiado, isto é, sistematicamente preterido a favor do lobo mau...
Trata-se de um texto destinado a denegrir - ou antes, avermelhar ainda mais, o que até agradeço - uma sólida reputação granjeada à custa de intensivo e dedicado zelo predatório (sempre encapuchado, claro, que o segredo é a alma do meu ócio...). Reza a historieta que o Capuchinho Verde, menina a todos os títulos exemplar, só tinha uma inimiga: uma «sale menteuse» que obviamente teria que ser eu!
Tão patética acusação suscita-me os seguintes comentários:
1- Antes mentirosa que hipócrita. A minha sonsa detractora parece esquecer que um capucho, MESMO VERDE, esconde sempre, por definição, algum gatil.
2- Minto com parcimónia e apenas em ocasiões de grande perigo. Todavia, quando prevarico, nem o faro afiadíssimo do meu lobo topa... Terá uma certa narigueta verde veleidades de conseguir melhor?!
3- Para a minha inimiga, ao que parece, mentira é sinónimo de contradição. Eu explico: passei a ser uma grande mentirosa por lhe ter contado um dia que TINHA ACABADO DE SER COMIDA pelo lobo mau, isto apesar de flagrantemente CONTINUAR VIVA (e por sinal de excelente saúde)! Ora é preciso ser-se mesmo MUUUUITO VERDE para inferir que esta declaração - aliás de uma sinceridade cristalina - incorre, levemente que seja, em contradição!
4- A mentira, que eu saiba, não é um pecado mortal, mas a inveja sim e parece ser ela o sentimento nuclear da minha rival. Direi mesmo que esta lamentável história constitui uma espécie de versão «daltónica» (por desdenhar o vermelho, entronizando o verde) da fábula da raposa e das uvas, neste caso dando vozes ao ponto de vista da fruta... Mais: o Capuchinho Verde deve ter ficado assaz traumatizada no dia em que a sua mamã lhe deu a entender, aliás com a melhor das intenções, que escusa de temer assédios lupinos, pois sendo tão verdinha, confunde-se com a vegetação (é só paisagem...), passando completamente despercebida. Também lhe terá dito, desferindo assim o golpe de misericórdia, que o impecável gosto do lobo mau apenas deglute «ce qui est rouge» - «La viande rouge, les fruits rouges, mais surtout les petites filles habillées en rouge». Concluindo: o inconsciente amordaçado do meu alter verde quer por força (Freud, dá-lhe lá uma mãozinha!) que eu vista a cor do seu clube para me salvar - PARA NÃO SER COMIDA ...VIVA! Que comovente solidariedade feminina... Nunca te disseram, Capuchinho Verde, que a minha mentira mora na tua mente?


10/08/2003

ARNOLD, ÉS O MAIOR!

Mal abro os olhos para mais um dia, a rádio confirma-me o que já de há algum tempo a esta parte vinha ganhando forma: Arnold Schwarzenegger é o novo governador da Califórnia. Veio-me logo à ideia um exercício de imaginação, uma espécie do jogo do condicional, que faço muitas vezes: como o mundo poderia ser diferente se se não tivessem dado determinados acontecimentos.
Por exemplo, se, em vez de Isabel a Católica, o trono de Espanha tivesse sido assumido pela nossa Beltraneja, a Excelente Senhora teria criado e alimentado toda a panóplia de horrores de uma Inquisição? Teria havido toda a perda de património financeiro e intelectual que com a expulsão dos judeus foi enriquecer outras paragens? E se o medo e a fraqueza do 8º duque de Bragança não tivessem sido empurrados pelos jesuítas e não tivesse havido 1º de Dezembro de 1640? E se Al Gore tivesse ganho as eleições como seria hoje a vida no Médio Oriente?

Nuns casos com consequências mais sérias e universais, noutros menos, este jogo poderia repetir-se até à exaustão: se Hitler não tem subido ao poder teria a minha amiga aquela bisavó judia, se Portugal não tivesse aderido à UE teríamos mais facilidade em comer jaquinzinhos, se eu fosse rica…, se eu tivesse 20 anos e soubesse o que sei hoje…, se…

Vem isto ao caso que hoje, nesta outonal e apesar de tudo pacata manhã lisboeta, dei por mim a perguntar-me até que ponto daqui a uns anos, se - sempre o “se”!...- Deus me mantiver alguma lucidez, não estarei eu a achar que a desgraça emergente que abre os telejornais das televisões poderá ter tido a sua origem precisamente numa pacata e outonal manhã, quando o mundo viu com bonomia a eleição de Mr. Músculo.

É que esta eleição não me deixa mesmo nada tranquila. Pergunto-me que preparação para tomar decisões, que gabarito ético – e apenas me pergunto, não afirmo que o não tenha - , que capacidade de encontrar consensos tem um indivíduo que toda a sua vida apenas se preocupou em cultivar os seus músculos, para com eles exterminar?! Que mundo real quererá construir quem em ficção tanto destruiu?! Quero acreditar que é apenas má vontade minha, mas até o seu discurso de abundantes thank you e outras vacuidades habituais na hora da vitória reforçam a minha inquietação…

Eu bem sei que com bons colaboradores qualquer governante pode fazer um bom governo. Pode, não o faz necessariamente. Para isso precisa, além do mais, de saber ouvir, saber ponderar as circunstâncias, ter visão de conjunto, e, em última instância, precisa de ter a massa cinzenta algo treinada para isso. E esse treino não se faz, seguramente, nos ginásios que o Sr. Schwarzenegger tem frequentado até aqui.

Tudo isto não me afligiria tanto se o tal poder hegemónico americano não pendesse sobre todos nós, cidadãos do mundo. É que suspeito que um belo dia vou acordar com a notícia que Arnold Schwarzenegger é o novo presidente dos EUA. E aí, que nos acontecerá “se”??


PS: a única nota hilariante que registo em tudo quanto vi foi aquela declaração, tresandando a encomenda politiqueira de conteúdo “dejà vu”, de uma pouco janota (escuso-me a mais, por solidariedade de género…) cidadã americana, queixando-se publicamente de assédio sexual por parte do então candidato. No comments!

10/03/2003

SOU UMA ESPÉCIE AMEAÇADA...

...DIREI MESMO EM VIAS DE EXTINÇÃO. SALVEM O LOBO - O MAU, CLARO - E SEREI SALVA TAMBÉM. Vagamente benfiquista e muito pouco comunista, a minha propensão para o VERMELHO visa sobretudo benefícios de ordem estética, ou antes, cosmética: é a cor que melhor combina com a minha deliberada palidez. Com efeito, fujo de praias e solários como o diabo da cruz. Prefiro a tímida luz coada das florestas que cercam a simpática vilória onde cresci, algures na Transilvânia dos meus sonhos cinéfilos. A propósito, podem sonhar comigo à discrição, mas não me peçam provas de existência, muito menos endereços reais. Estou definitivamente ENCAPUCHADA numa realidade virtual que só o lobo mau (caso entretanto o caçador não lhe tenha tratado da saúde) tem artes de penetrar. Merendas conventuais também conseguem entrar (a avòzinha agradece...).

CAPUCHINHO VERMELHO

Referendemos a "Constituição" europeia!

Referendemos a “Constituição” europeia!


Em Portugal, a democracia está a larga distância da que países como a Suécia, Noruega, Suiça e tantos outros praticam. A concepção vigente entre nós – se não em teoria, pelo menos na prática – é a de que um governo, uma vez eleito, não fica legitimamente vinculado ao cumprimento das suas promessas eleitorais e se arroga, para além disso, carta branca para tomar decisões sobre o que vier, por mais imprevisto e crucial que seja. Entretidos como andamos com a despudorada manipulação mediática de incêndios, incendiários e bombeiros, além do estafado caso da pedofilia, descuramos assuntos-chave, de entre os quais avulta sem dúvida o da futura “Constituição” europeia a que Portugal, como membro da União, se terá naturalmente de sujeitar. Não é caso de somenos: este projecto, aprovado ou não como está, passará a ditar princípios que nos podem ser altamente desfavoráveis. Mandam os grandes sobre os pequenos como nós; ficamos com uma autonomia bastante limitada à luz do projecto que se conhece.

Que faz o Governo? Assume como dado adquirido que, tendo sido eleito, não carece de ver referendado pelos cidadãos do seu país este novo tratado europeu. E, contudo, trata-se de algo que ao declarar o primado do direito europeu sobre o nacional, a “Constituição” penetra nas raízes da soberania portuguesa. Tudo terá que ser assim? Vamos mais uma vez, como tem sido hábito dos políticos que nos vêm governando, não ter a possibilidade de emitir a nossa opinião em referendo? Não teremos, de novo, a oportunidade de debater e votar publicamente o assunto neste país narcotizado por escândalos de importância duvidosa? Temos sido, desde sempre, pouco informados sobre a Europa, como se de uma questão de vizinhos se tratasse. Experiências amargas como a obrigatoriedade de respeitarmos o Pacto de Estabilidade do euro surgiram com alguma surpresa – e são ainda hoje pouco entendidas por uma grande parte da população, que tende apenas a encolher os ombros perante o facto.

Agora, com o projecto de uma “Constituição” europeia que atinge fundo os nossos direitos e nos embrulha num status bem diferente daquele de que historicamente nos orgulhamos, vamos cruzar os braços, dar-lhe um ámen irreflectido e invocar meramente o princípio de que “um governo eleito tem o direito de decidir por si só sobre todas as coisas e causas nacionais?” Não nos invoquem mais uma vez o estafado argumento da “democracia representativa”. Que representatividade pode ter o Governo neste caso em que o futuro tratado europeu, por ser um mero esboço, não foi naturalmente incluído nas últimas eleições portuguesas de que resultou o actual Governo? Visão ditatorial da democracia! Como nos poderemos admirar da perda de credibilidade dos políticos, que continuam como sempre a governar mais para as eleições do que para as gerações?

Como cidadão português, considero urgente um debate público e a realização de um referendo no país sobre a futura “Constituição” da União Europeia.

Não aguento mais

Jurei que não lia mais, que não via mais, que não iria escutar mais o noticiário das 8. Mas não resisti. Hoje foi aquela do homem dos olhões, o Martins da Cruz, o que fala explicado, quase soletrando. O Lynce ibérico ou não, animal em extinção esse haraquirou-se para salvar a honra da Família ! Todos os dias sai uma ! Do que eu tenho medo é de que andamos todos já muito fartos destas e às tantas salte daí dum buraco qualquer O SALVADOR DA PÁTRIA (filme que já vimos em outros festivais) um Sidónio, um António, ou um desses rapazinhos que já andam a pôr-se em bicos dos pés e que conhecemos de ver na 3ª linha dos comícios...

Rui Costa

Comunicado do João Ratão

Hoje, excepcionalmente, não escolhi a gravata a pensar nas Carochinhas.

Esta mudança deve-se à perspectiva de vir a ocorrer uma vaga para o lugar de Ministro dos Negócios Estrangeiros.

Independentemente deste objectivo, anseio pelos efeitos colaterais que possam decorrer da escolha efectuada.

10/02/2003

Sugestões (teste)

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| Cnvnt.Inglesinhos | Teatro (com Jantar): Alma (Mahler) em| 12 Set | 26 Out. |
| | Lisboa | | |
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| Diversos Lisboa | Experimenta Design | 17 Set | 2 Nov. |
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| Diversos Lisboa | VI Festival de Orgão de Lisboa | 18 Set | 6 Out |
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| Coliseu |Maria Bethânia e Gilberto Gil | 1 e 2 Out | 20 a 50 ? |
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| Mafra |VII Festival Intern. de Música de Mafra | 4 Out | 26 Out. |
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| FIL | Intercasa | 7 Out | 12 Out |
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| Diversos Lisboa | III Ciclo de Música Espanhola do século| 7, 15 Out | 18 Nov |
| | XX | | |
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| Óbidos |Temporada de Cravo |10,11,17,18 | e 25 Out |
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| Palácio Fronteira | Ciclo de Música e Poesia Lírica de L| 14,16,21 | e 23 Out |
| | Camões | | |
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| Chiado | 3ª Festa no Chiado (C N Cultura) | 16 Out | 25 Out |
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| CCB | Porgy and Bess |10 a 21 Dez | |
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| CCB | O melhor de Marcel Marceau | 27 Dez | |
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| | | | |
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Atenção: Agora, a menina dança ? nas noites de domingo para segunda-feira,
das 0 à 1 na RDP Antena1. Dada a qualidade da sua dança, surge a
inquietação: até quando?

Está anunciada a passagem do «Intruso», L. Visconti, hoje (quinta-feira) às
21h no canal Hollywood. Não tenho nada a acrescentar aos comentários
expressos em anteriores edições.

Hoje, no Café Teatro Santiago Alquimista, em Lisboa, e amanhã, no auditório
do CEFAS, em Águeda, sempre às 21.45, o "Coro dos tribunais" espectáculo de
homenagem a Adriano Correia de Oliveira e recordação da sua música.

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10/01/2003

Topologia em R2

Finalmente descobriu-se que o país tem falta de cultura matemática (aceitemos esta expressão evitando outras mais rigorosas, mas classificáveis de agressivas ou políticamente incorrectas...) e como reacção vá de bombardear os Engenheiros com desenvolvimentos paquidérmicos da igualdade 1+1=2, em vez de os apaparicarem, qual espécie em risco de extinção.

Talvez se lixem.

Olhem o que aconteceu em Itália...Aquilo da cegonha foi um pequeno aviso...
Entretanto os Engenheiros Civis continuam em luta o que vai levar a Santa Casa a lançar novas lotarias: o Totoponte será anual e tem como objectivo acertar na sequência das próximas três pontes a derrocarem, e o TotoIEP é idêntico, mas trimestral e relativo aos nomes dos próximos três presidentes do Instituto das Estradas de Portugal.

A matemática é muito útil e está presente em situações muito diversas do nosso dia a dia, permitindo interpretações inesperadas de factos libidinosos, ou anti-libidinosos, como o seguinte exemplo topológico em R2.

Conseguem pensar numa coxa quadrada?


Não? Imaginem a coxa de uma coxa...