Na sequência do que o Peter Pan acaba de escrever, e precisamente pelas razões implícitas nesse texto, é que era importante que a Europa se fortalecesse, para poder fazer face a uns Estados Unidos cada vez mais perigosamente imperialistas e belicistas.
Numa altura em que acabam de chegar à casa europeia nações culturalmente mais distantes, parece-me que a campanha para as eleições europeias seria uma oportunidade privilegiada de conhecimento mútuo, de esclarecimento, de propostas de vivência em comum em matérias que todos os dias e a todos nos tocam. E, consequentemente, uma oportunidade potencialmente geradora de união, união essa que a sabedoria popular diz fazer a força.
E o que vemos nós, portugueses, na campanha eleitoral em curso cá na lusa terra? Já alguém se sentiu minimamente esclarecido por alguma acção desta campanha?
Quem de entre nós, cidadãos comuns, sabe o suficiente sobre os projectos (e principalmente sobre a diferença entre eles) existentes para o espaço comunitário, de modo a votar conscienciosamente no partido A ou B?
Os políticos estão a prestar o pior dos serviços à democracia. Entretidos no ping-pong do ataque pessoal, paradigma da baixeza com que se anda a fazer política, não querem perceber que o povo espera deles seriedade, rigor, empenhamento, e não apitos, aventais e troca de insultos.
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