4/09/2005
Igreja Católica
O Papa foi um santo de boa vontade que pregou, sentida e sofredoramente, no deserto da incerteza. Uma incerteza que a maioria das pessoas detesta. Embora um elevadíssimo número de católicos não seguissem à letra tudo o que o Papa preconizava, olhavam-no como a um pai que, mesmo a agir um tanto fora do que se passa neste mundo, mantinha, incansavelmente e sem qualquer interesse material, a pregação de fortes valores antigos. João Paulo II manteve a sua Igreja conservadoramente igual, portanto sem muitas respostas para o mundo de hoje, mas colocou-a a valer como âncora. Isso grangeou-lhe uma admiração grande por parte de todos aqueles que odeiam a mudança. Agora muitos sentir-se-ão órfãos e mais receosos. Viram desaparecer a sua âncora mais importante.
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