4/11/2006

James, James Brookes


O senhor que aparece no quadro ao lado, pintado em 1842, deu corpo a uma das figuras mais famosas da literatura juvenil. Mal ele sabia! Não tenho infelizmente aqui à mão a fonte onde li a sua história, já há uns anos. Vou, no entanto, tentar recordá-la com a máxima fidelidade. Brookes foi um aventureiro de tomo. Inglês, vivia na Malásia com o seu pai, homem relativamente abastado. Quando o pai morreu, James largou a parte mais sedentária da vida e mandou construir um barco de certo porte, que apetrechou com pequenos canhões e outras armas. Arregimentada uma tripulação, tornou-se corsário naqueles mares. Colocou-se em determinada ocasião ao lado de um dos dois sultões rivais da ilha de Bornéu. Certeiramente, escolheu o sultão correcto. Derrotado o rival, o sultão vencedor fez-lhe doação de uma parte considerável da ilha e nomeou-o Rajá de Saravak. Foi já como indivíduo de elevadas posses e envergando a espectacular indumentária de rajá que James Brookes visitou um dia o Parlamento inglês em meados do século XIX. Brookes constituía o protótipo exemplar para que outros intrépidos aventureiros britânicos singrassem por mares longínquos e trouxessem negócios à coroa de Sua Majestade, a Rainha Vitória.
O escritor italiano Emílio Salgari (1862-1911) apaixonou-se pela figura e da sua pena fez brotar o imortal Sandokan, o Tigre da Malásia. Ainda há quem se recorde de Sandokan?

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