7/10/2004

AD FERRO

Os termos do dilema até ontem cozido em lume brando por Sampaio não foram tanto, como pretende a maioria, Santana e eleições antecipadas, antes sim Santana e Ferro. O último esteve finalmente (faço-lhe a vénia) à altura da sua débil circunstância: extraiu com inegável lucidez as consequências práticas da decisão presidencial.

Perante um PS a curto prazo encalhado, por causa do seu timoneiro anémico, na previsível condição de maioria manca, Sampaio estava de facto condenado, independentemente da escolha que fizesse, a decidir ad hominem - contra Santana ou contra Ferro. Decidiu, como bom socialista que de facto é, contra Ferro e este, enfim mais cerebral do que emotivo, bateu coerentemente com a porta.


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