7/08/2009
O mundo evolui
Quando José Sócrates fala do avanço tecnológico a implementar através da distribuição de um pequeno computador Magalhães a todas as crianças do ensino básico estatal, compreendemos de imediato a bondade da inciativa. Por uma vez vamos presenciar um extraordinário salto na literacia dos mais jovens do nosso país. Quando chegarem ao 5º Ano, ainda por cima já com boas luzes de Inglês na cabeça, ver-se-á como a educação aumenta o valor destas crianças e as transforma em pessoas muito mais inteligentes.
Cometeremos uma enorme injustiça, porém, se considerarmos que são apenas os humanos que têm capacidade para usufruir do privilégio de efectuar progressos notórios. Outros animais menos racionais têm manifestado uma verdadeira escalada no grau de apreensão das coisas. E, diga-se, não é através do Magalhães que o fazem. Muita perseverança e treino aplicado explicam grande parte do sucesso obtido. As fotos acima foram ambas tiradas em África. A primeira tirei-a há mais de trinta anos num mercado da medina de Fez, em Marrocos. No alforge de um macho que acabou de ver a sua arreata atada à volta de uma árvore, vê-se um bem armado carneiro que continua confortavelmente encafuado após fazer a viagem de casa do seu amo até àquele local para ser vendido a um comprador interessado. Enquanto tirei a foto, o carneiro em questão não protestou minimamente. O transporte tinha sido agradável. Eram assim as coisas nos anos 70 do século passado. Três décadas depois, repare-se no progresso extraordinário que um animal da mesma espécie consegue alcançar. Já não precisa de macho para o transportar. Enquanto o seu dono utiliza uma bicicleta e já não um animal de tiro, o bicho agarra-se com firmeza às costas do seu amo, coisa que o pobre carneiro da década de 70 não teria certamente sabido fazer sem longos estudos e prática aturada. Aqui temos dois paradigmas educacionais: um no mundo europeu através de crianças e do Magalhães, outro no mundo africano por meio de animais e de muito treino. Por este rápido evoluir, onde irá o nosso planeta parar?
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