Os dados estatísticos que há dias a generalidade dos media publicou sobre o coberto florestal do país veio mostrar que, presentemente, as áreas de eucaliptos e de sobreiros já ultrapassaram aquela outra que foi durante longuíssimos anos a nossa plantação principal, a larga distância das restantes: o pinheiro. Tudo é o óbvio resultado de incêndios florestais, que têm principalmente afectado zonas de pinhal. Por este motivo, o sector do pinho está presentemente a atravessar dificuldades devido a escassez de matéria-prima.
Como uma vez aqui lembrei, as povoações com os nomes de árvores são inúmeras em Portugal. Carvalhos, Carvalhais, Carvalhelhos, Soutos, Sobreiros, Sobrais, Azinhais, Azinheiras, Azinhosos, Pinhais, Pinhais Novos, Pinheiros, Figueiras, Figueiredos, Pereiras, Salgueiros, etc. são nomes vulgaríssimos no nosso país. Por vezes, até existem denominações como Carvalhal de Cima e Carvalhal de Baixo. Só uma árvore não deu nenhum nome a qualquer localidade: o eucalipto. Estranhamente, é esse mesmo eucalipto que lidera a nossa fileira florestal. Dá que pensar.
Já agora, um lembrete. Existem lobbies para o sobreiro, como se sabe. Para as plantações de eucaliptos existem igualmente lobbies. Para os pinhais, não, que se saiba. Também dá que pensar.
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