11/10/2010

A Fotografia



Por vezes há casos em que ao chegarmos perto de um monumento importante, que já vimos variadíssimas vezes reproduzido em livros, revistas e jornais, não temos já aquela sensação de estar a descobrir seja o que for porque, no fundo, aquele objecto nos é tão familiar que agora estamos apenas ali perto dele. A magia desapareceu. O déjà vu é real.
Noutros casos, porém, existem surpresas verdadeiras. Há poucos dias, deparei no jornal com a comparação entre uma fotografia antiga de um determinado monumento e o seu aspecto moderno. Saber já eu sabia que ao velho monumento tinham sido dados vários tratos de polé: tinha servido para armazenar artigos vários, entre os quais parece que munições, e tinha inclusivamente servido durante algum tempo como matadouro. Devo em princípio acreditar, porque quem escreve tem a obrigação de referir a documentação na qual se baseou para fazer as suas afirmações. Mas, apesar dessas explicações e desse lamentável mau uso, não somos geralmente capazes de imaginar o aspecto real que o monumento em questão teria tido nesses tempos recuados.
Eis que agora me chega esta foto, para mim inédita. Surpreendeu-me, de facto. Dificilmente imaginaria o monumento assim. A fotografia que aqui reproduzo, tirada do jornal, é naturalmente a preto e branco, e foi feita em 1869 por um fotógrafo francês de nome J. Laurent. Se quem está a ler estas linhas não viu o jornal em questão, é capaz de descobrir qual é o monumento que lá se esconde?

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