11/24/2007

Quando o Anjo da Guarda não guarda bem

Sem mencionar nomes, o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais acusou grandes empresas de fugirem ao fisco. Protestou Van Zeller, o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), dizendo que referir empresas sem especificar quais lançava um anátema sobre todas. Então, o Secretário de Estado ter-lhe-á mostrado documentos que provavam existir uma maior incidência clara sobre o sector imobiliário. Aí, o presidente da CIP descansou e até concordou com o Governo. Saltaram-lhe em cima os homens do imobiliário (a construção civil também faz parte da CIP, embora na sua actividade não tenha qualquer semelhança com indústrias químicas, metalo-mecânicas, de produtos alimentares, etc.). Se já andavam um tanto às turrras com a Confederação por esta estar a retardar o andamento das apetecíveis obras relativas ao novo aeroporto com a apresentação do projecto alternativo de Alcochete, os construtores decidiram agora agir. Se a CIP não nos defende, para que é que estamos lá? E saíram.
Sobre a fuga fiscal, nem uma palavra. Mas era esse o assunto?

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