Por terra jaz o empório do Oriente,
Que do rígido Afonso o ferro, o raio
Ao grão filho ganhou do grão Sabaio,
Envergonhando o deus armipotente;
Caiu Goa, terror antigamente
Do naire vão, do pérfido Malaio,
De bárbaras nações!...Ah! Que desmaio
Apaga o márcio ardor da lusa gente?
Oh séculos de heróis! Dias de glória!
Varões excelsos que, apesar da morte,
Viveis na tradição, viveis na História!
Albuquerque terrível, Castro forte,
Menezes e outros mil, vossa memória
Vinga as injúrias que nos faz a Sorte.
Manuel Maria Barbosa du Bocage (1766-1805)
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