Com a falta de água que já se sente em várias partes do país, não é de admirar que os proprietários de empreendimentos turísticos do Algarve estejam preocupados. À boa maneira portuguesa do desenrascanço, fora do "rule of law", decidem abrir furos perfeitamente ilegais. Deixam depois as autoridades perante o facto consumado. Noticiaram os jornais que só no ano passado foram fiscalizados 374 furos no Algarve e levantados 158 autos. O montante da multa é mais do que irrisório: 249,40 euros. Se há anos já se dizia que o Algarve, de tão furado, mais parecia um queijo Gruyère, imagino como ele está agora.
Contudo, para evitar a existência de prevaricadores haveria um método muito simples: exigir às firmas especializadas a verificação da licença camarária respectiva antes de começar os trabalhos de perforação. Caso contrário, ser-lhes-ia automaticamente cassado o alvará. Autoridades que querem, fazem; autoridades que não querem, tapam os olhos.
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