A propósito da saúde do Papa, um dos últimos números da revista Newsweek inclui um curioso artigo, do qual respigo alguns números que me parecem dignos de reflexão. Vejamos, em primeiro lugar, um quadro que nos mostra quais os países com maior número de católicos, a sua taxa percentual nos respectivos países e o que esse número nacional de católicos representa numa população total de católicos em todo o mundo, avaliada em 1.1 biliões de fiéis.
Um segundo quadro leva-nos a alterações registadas nos últimos 35 anos no número de católicos, por países. Aqui, nota-se que na Europa o catolicismo tende a diminuir, por vezes fortemente como na Áustria, aumentando apenas na Polónia, fenómeno a que não será estranho o facto de o actual Papa ser polaco.
Um último quadro mostra-nos a percentagem de católicos por continente. Verificamos que os países de línguas ibéricas da América Latina quase que perfazem metade dos católicos de todo o mundo. A Europa vem em segundo lugar. A despeito da sua relativamente diminuta população, a África - largamente colonizada também por nações europeias - ocupa o terceiro lugar, com alguma tendência para aumentar. A surpresa pode vir do facto de a América do Norte, i.e. incluindo o Canadá, não representar mais do que sete por cento de todos os católicos do globo. Mas lá criou-se grande riqueza. Por outro lado, nos países mais desenvolvidos da Europa - Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega, Alemanha - o número de católicos é reduzido. Terá a religião algo a ver com a formação de riqueza? (Esqueçamos Max Weber por momentos.)
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