Não será eticamente muito aceitável que nos citemos a nós próprios, mas sinto necessidade de relembrar um texto que apareceu neste blog com data de 18 de Outubro de 2004. Trazia como título "O Princípio da (Im)prudência" e versava sobre o Orçamento de Estado para o corrente ano. Depois de salientar a importância na Contabilidade do princípio da prudência, acentuava que o referido Orçamento se baseava em "premissas que provavelmente mostrarão não ser prudentes." Mais à frente referia que "de há muito se sabe que a política é um dos grandes adversários da economia. Estamos perante mais um caso."
Infelizmente, estamos. Não se sabia na altura que não haveria legislativas em 2006, mas o governo contava com isso. Queria ganhar essas eleições a qualquer custo, depois das autárquicas de 2005. O preço do petróleo, estimado salvo erro em 38 dólares, está acima dos 50. O assumido crescimento económico de 2,4 por cento não deverá na realidade passar de 1 a 1,2 por cento. Embora as contas da Comissão Constâncio ainda estejam por concluir, já se fala num défice de seis por cento!
Foi de facto um bem que governantes assim se tivessem ido embora. Não seria prudente continuar com homens destes ao leme do país.
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