Depois de uma semana de subidas das taxas de juro nos empréstimos a países com fortes défices dentro da União Europeia, acompanhada por descidas verdadeiramente abruptas nas bolsas europeias, foi criado pela UE e pelo FMI um mecanismo de estabilização da ordem dos 750 mil milhões de euros para restaurar a confiança no euro e impedir que os problemas resultantes da dívida grega se propaguem a outros países, nomeadamente a Portugal e a Espanha. É uma notícia que deve ser recebida com um certo alívio em Portugal, mas que exige uma disciplina do tipo alemão e não da que é tradicional entre nós. Se uma garantia desta ordem não for complementada com medidas de austeridade para os países mais endividados e com a obrigatoriedade de maior rigor e apresentação mais regular ao BCE das contas públicas nacionais do que até aqui, o descalabro pode continuar. Afinal, se um filho gastador ouve o pai dizer que lhe cobre o jogo, a tendência dele não será para poupar. Até talvez lhe saia um "Porreiro, pá!"
(Conto voltar ao tema muito brevemente.)
Sem comentários:
Enviar um comentário