1/09/2006

Neo-colonialismo, ou apenas "a inevitável globalização"?

Em Julho do ano passado, cem militares norte-americanos iniciaram em São Tomé e Príncipe treinos conjuntos com tropas locais, com o objectivo de reforçar a segurança marítima no arquipélago. Estes treinos inseriram-se no projecto de cooperação militar para a segurança do Golfo da Guiné. Através de diversas empresas petrolíferas, os EUA são o principal parceiro de São Tomé no processo de exploração de petróleo ao largo do arquipélago, e ainda numa zona conjunta com a Nigéria.
Em Setembro passado, outros militares americanos fizeram igualmente manobras, desta vez com tropas angolanas. Realizadas no distrito de Ambriz, estas foram as maiores manobras que tropas dos Estados Unidos efectuaram num país africano nos últimos vinte anos. O teatro das operações situou-se a cerca de 300 quilómetros a sul dos campos de exploração petrolífera de Cabinda e do Soyo, nos quais as multinacionais americanas têm investido biliões de dólares.
Aqui está algo de que se falava muito em Portugal já nos anos 60 do século passado. Foi um vaticínio que bateu certo.

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