Dias antes do início da Volta à França - não depois! -, os espanhóis tiveram a coragem de denunciar os nomes de 56 ciclistas que tinham, de uma forma ou doutra, sido clientes de uma rede de doping, que utilizava serviços médicos de Madrid especializados no assunto. Os clínicos mais directamente envolvidos parece serem dois: um ginecologista e um hematologista. Apesar de o processo ainda estar a decorrer, foi autorizada a extracção de uma listagem de corredores para comunicação directa à União Ciclista Internacional antes de o Tour ter o seu início. O resultado é que, já sem Lance Armstrong, que não participa de sua livre vontade, o elenco de ciclistas da Volta à França apresenta-se desfalcado de muitas das suas principais figuras.
Más-línguas dirão que, se fosse antes da Volta a Espanha, os espanhóis não teriam feito o mesmo. Outros dirão até que esta é a desforra pela inesperada eliminação pela França da óptima selecção espanhola do Campeonato do Mundo de futebol. Mas factos são factos.
A propósito, aqui em Portugal o arrastadíssimo processo intitulado o Apito Dourado transforma-se cada vez mais em Apito Entupido. Já alguém teorizou e equacionou quanto custa a um país - em custos directos e indirectos - uma justiça lenta?
P.S. Em Itália, equipas de topo estão envolvidas num dos maiores escândalos futebolísticos de sempre, que envolve controlo de resultados e apostas anti-desportivas sobre desporto. Vamos a ver o que sucede à Juventus, ao AC Milan, e a outras equipas. Espera-se que este processo italiano não passe a piccolo entupido. Entrava em concorrência connosco.
Sem comentários:
Enviar um comentário