9/14/2007

Erro escolari

Recordo-me que uma vez, tinha eu talvez treze anos, fui chamado pelo professor durante uma aula de Educação Física por ter estendido a mão ao meu colega de lado quando as duas filas em que seguíamos em passo de corrida se separaram. Fiz isso num gesto amistoso e de brincadeira. Fui punido com uma falta disciplinar, que representou um dia em que estive impedido de ir ao liceu. Salvo erro, foi a única vez que fui punido disciplinarmente.
A falta de educação do seleccionador nacional de futebol no jogo da passada quarta-feira constituiu um péssimo exemplo para os jogadores e para a população que o tem acarinhado como a poucos. Agredir um jogador estrangeiro durante um jogo de futebol internacional não tem desculpa. Sabendo-se que muitos dos jogadores nacionais são useiros e vezeiros nas suas faltas, que cara tem este homem para, a partir daqui, se considerar um bom exemplo e se impor ao respeito dos seus jogadores? Acresce que as desculpas que apresentou acabaram por ser esfarrapadas e denunciadoras de uma arrogância que se entende mal num caso destes.
No desporto, o fair-play é tão ou mais importante do que o jogo. O actual protagonista da publicidade à Caixa Geral de Depósitos deveria ser obrigado a fazer as malas e zarpar. Pelo menos da selecção. Ou será que a tão propalada - e criticada - tolerância portuguesa tem que se manter como nossa imagem de marca?

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