4/29/2008

Contrastes

Quando há dias o Presidente da República falou sobre o desencanto dos jovens pela política, produto em grande parte de promessas vãs e incumpríveis dos candidatos partidários, ele tinha naturalmente razão. Os jovens interessam-se por muitas outras coisas, entre as quais avulta a absoluta necessidade de um dia obterem auto-sustentação, o que, suspeitam, não lhes vai ser nada fácil alcançar.
Entretanto, contrastemos esse desencanto-com-a-política patenteado pela geração jovem com o denodado afã de vários adultos, alguns já de provecta idade, que se engalfinham - devidamente secundados por centenas de elementos do partido - para lograrem atingir o poder máximo no PSD. O Alberto João quer voar da Madeira para o Cont’nente para pôr tudo na ordem, o que o incontornável Santana começa por contrariar. Há um Passos Coelho que é apoiado por bases nortenhas, a peso-pesado Ferreira Leite que arrisca, o advogado Aguiar Branco que já avançou, o Menezes que disse que não e que desistia, mas... Haverá possivelmente ainda mais uns tantos concorrentes, mas de momento não me ocorrem outros nomes.
Ocorre-me, sim, o abismo geracional que se cava entre estes superagitados políticos mais os seus apoiantes basistas ávidos de poder e os jovens, com os ouvidos cheios de promessas mas muito carentes de actos e de verdade em vez de palavras encantatórias de ilusão.

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