5/18/2008

Olá!


Falar com um miúdo de quatro anos pode ser uma delícia. Ouvem-se expressões inesperadas, pensamentos do mais puro estilo naïf, pontos de vista insuspeitados. Aquele rapazito que fui buscar na sexta-feira ao jardim-de-infância anda agora entusiasmadíssimo com as letras e os números. Lê avidamente as matrículas dos carros que encontra à mão (mas ainda não lê 64 como sessenta e quatro - apenas como seis quatro) e, durante a viagem que fiz com ele, saiu-se muito bem com "nomes de animais começados pela letra X". Acertou no “m” com um macaco bem tirado, a zebra foi para ele canja, assim como o leão e o leopardo. Falhou no “b” de burro, aventando outro animal qualquer, mas depois acertou no “g” de girafa. Nota positiva, pois, que eu esperei ver confirmada quando arrumei o carro e encontrei na rede das obras de um prédio um anúncio com uma só palavra, fácil, e que me pareceu mesmo à maneira. Pedi ao catraio para identificar as letras, o que ele fez correctamente: O. L. A. Pedi-lhe depois para ler a palavra toda e - não é ficção! - ele correspondeu ao meu pedido, silabando distintamente: GE-LA-DO!

OK, para a próxima não fico tão embalado com aqueles conhecimentos precoces de leitura do miúdo. Dar tempo ao tempo continua a ser uma política acertada.

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