1/26/2010

Brain gain

Há cerca de 15 anos que a China está a tentar compensar o seu anterior brain drain com o brain gain. Traduzido por miúdos, o que significa este jargão? Vários países desenvolvidos do mundo têm sido peritos em conseguir atrair bons cérebros estrangeiros para estudar nas suas universidades. Os Estados Unidos têm sido, sem dúvida, os grandes campeões neste domínio. Graças às suas esplêndidas universidades, de forte credibilidade a nível mundial, e ao efectivo know-how que os melhores estudantes adquirem, não se torna difícil que muitos países estrangeiros concedam bolsas aos seus melhores alunos para estudarem nos Estados Unidos. Aliás, mais de 50 por cento dos doutoramentos nos EUA são realizados por estudantes não nascidos na América. Posteriormente, um número substancial desses cérebros excepcionais realiza investigação nos EUA, publica livros, lecciona, etc. As nações que os perderam ficaram sem a melhor seiva que possuíam. É frequente, porém, que os doutorados não se sintam atraídos pela hipótese de regressarem ao seu país de origem devido aos salários elevados que conseguem auferir nos EUA. Por seu lado, a América rentabiliza de várias formas a capacidade desses grandes cérebros.
Contudo, neste momento existe já um número interessante de países a competirem com os EUA quanto ao regresso desses investigadores, professores cientistas. Depois do brain drain (fuga de cérebros) vem agora o brain gain , que é basicamente a recuperação desses cérebros. O país que presentemente oferece melhores condições para o retorno dessa elite intelectual é a China. É uma aposta importante. Com uma garantia: se os melhores talentos estiverem livres das teias burocráticas que tradicionalmente emperram trabalhos inovadores em países ditatoriais, poderão ocorrer significativas melhorias a médio prazo.
De 1979 até 2009, cerca de 1,4 milhões de chineses conseguiram vistos de estudo para saírem do país. Desses, apenas 400 mil regressaram. Actualmente, a parada para o regresso das melhores cabeças subiu. É tudo uma questão de horizontes.

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