Imagine que os serviços da Inspecção Geral da Educação descobrem que um professor da sua filha inventou, no badalado concurso de 2004, uma doença, que teve um médico amigo que lhe passou o devido atestado e assim logrou ser, prioritariamente, colocado na escola. Embora ele não pareça ser profissionalmente incompetente, é um facto que saltou por meios ilegítimos por cima dos direitos de outros colegas.
Considera que seria justo puni-lo? Se sim, com que tipo de punição? E, quanto ao médico, toleraria a aposição da sua assinatura num documento que, afinal, atesta uma mentira? Se não, que penalização acharia correcta?
A honestidade parece campear entre os educadores e os que obrigatoriamente prestam o juramento de Hipócrates. Há pelo menos várias dezenas de casos deste tipo a serem examinados em Portugal no presente momento. Não haverá por aí um compositor que crie uma ópera bufa com uma inspirada ária "Vígaro cá, Vígaro lá"?
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