10/23/2004

Os complexos do costume

Já cá faltava! O que me fere mais no texto sobre as SCUT que encontrei neste blogue é a frase"Quem diz que a direita não sabe fazer dinheiro?" Parece que se trata de uma atitude desconchavada fazer dinheiro! Como é que se vive? Das esmolas dos outros? Fazer dinheiro, criar riqueza é uma obrigação do homem. Melhorar o mundo. Foi para isso que Deus nos deu a capacidade de pensar e de agir. Não corresponder a esse desígnio é ir contra a vontade do Criador! Mas para quem é de esquerda o dinheiro surge como peçonha. Às vezes mais nas palavras do que nos actos, diga-se: as artimanhas e fraudes em que muitos elementos de esquerda são apanhados não confirmam a sua angelical inocência.
Enquanto os portugueses não entenderem a necessidade absoluta e a bondade da formação de riqueza, a nossa produtividade será baixa, os nossos objectivos quase nulos, e o país andará a passo de caracol, constantemente ultrapassado por outros que antes se quedavam bem atrás de nós e agora vivem bem melhor.
No caso das SCUT, mais uma vez a esquerda não estuda o assunto. Aliás, os negócios não lhe interessam. Só sabe ser invariavelmente do contra. Como se sabe, as SCUT foram construídas por sociedades privadas, com as quais o Estado contratou um pagamento que tem uma progressão em crescendo até 2011. Só a partir daí é que começa gradualmente a descer. Mas em 2031 -- imagine-se, daqui a 27 anos! -- ainda o Estado deve (ou deveria) estar a pagar a essas sociedades 171 mil milhares de euros/ano, o que é, mesmo assim, três vezes mais do que está a pagar neste ano de 2004. Pois bem. Em 2005, o custo das SCUT quintuplica (!) para o Estado. Em 2011 será (ou seria) cerca de 14 vezes superior ao de hoje!
A esquerda lança atoardas demagógicas, ataca a direita, mas sofre do grande problema de não saber fazer contas. Ainda bem que temos um Governo que não só sabe o que quer, como tem os pés bem assentes na terra e quer livrar os portugueses dos custos desmesurados que se aproximam, negociando primeiro com os privados e titularizando depois a dívida. Com quem circula nas SCUT aplica aquilo que é lógico: o princípio do utilizador-pagador. Assim este assunto das SCUT começa a fazer sentido.
Que diferença entre esta atitude e os soundbytes inconsistentes e de puro sloganismo atirados para o ar pelos auto-proclamados intelectuais de esquerda!

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