10/04/2005

Madeira, baluarte civilizacional

Imagine alguém que lhe pespega teorias sem-fim sobre democracia. Você convencer-se-á de que está em presença de um democrata? Se sim, é ingénuo. Não é na teoria que as pessoas se conhecem, mas sim na prática. Não me parece que a questão central à volta do Doutor Alberto João Jardim seja a democracia. Na realidade, esta será até relativamente irrelevante no contexto geral. De resto, ele foi já eleito um número significativo de vezes, segundo todas as regras da democracia, pelo povo da Madeira. Foi eleito para governar, e deverá parecer -- a não ser a uma meia-dúzia de esquerdóides democratas sem provas dadas -- que tem governado bem.
Você tem visto a evolução da Madeira nos últimos trinta anos? Já viu como, apesar de tudo o que os pasquins dizem do governante, a ilha continua a ser um paraíso de ordem e de paz? Já reparou que no Funchal não há os milhares de graffitti que emporcalham as ruas de Lisboa? A Madeira parece um oásis de um certo Portugal antigo, mas com todas as características de modernidade de um país avançado. Esta conciliação não é fácil de alcançar. Esplêndidos hotéis, vias de comunicação impecáveis, um aeroporto que foi premiado, segurança nas ruas, jardins bem conservados, ruas limpas, escolas a funcionar, uma zona off-shore -- que mais se pode querer?
Não é impossível que, do ponto de vista democrático, aqueles que no Continente vilipendiam o Doutor Alberto João Jardim agissem menos democraticamente do que ele se estivessem no governo da ilha. O que decerto não conseguiriam era manter um paraíso impecável, como aquele que a Madeira oferece a quem a visita. Poderá dizer-se que há uma mão férrea por detrás, mas é uma mão que sabe governar. O resto são tretas! Palavras e mais palavras para encher jornais e telejornais!

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